quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Em gris

Como se eu
nunca tivesse
sentido antes,
senti.
Tão inovador,
aguniante,
triste.

Tudo tão confuso,
maior,
meio em preto e branco,
sem cor,
só opaco.

Sem sentir direito,
senti muito.
Tudo agora é cinza.

Até o céu mais lindo
e azul,
é cinza.

Vejo tudo cinza.
Meus pés,
meus olhos,
o jardim,
a borboleta na varanda,
a flor que nasceu sem pedir licença no pé da porta.

Tudo é cinza
até que eu te veja.
Acho que vai ser sempre assim.